1. Nunca gritar um
com o outro
A não ser que a casa esteja pegando
fogo.
Quem tem bons argumentos não precisa gritar. Quanto mais alguém grita, menos é ouvido. Alguém me disse certa vez que se gritar resolvesse alguma coisa, porco nenhum morreria... Gritar é próprio daquele que é fraco moralmente, e precisa impor pelos gritos aquilo que não consegue pelos argumentos e pela razão.
Quem tem bons argumentos não precisa gritar. Quanto mais alguém grita, menos é ouvido. Alguém me disse certa vez que se gritar resolvesse alguma coisa, porco nenhum morreria... Gritar é próprio daquele que é fraco moralmente, e precisa impor pelos gritos aquilo que não consegue pelos argumentos e pela razão.
2. Se for
inevitável chamar a atenção, fazê-lo com amor
A outra parte tem que entender que a
crítica tem o objetivo de somar e não de dividir. Só tem sentido a crítica que
for construtiva; e essa é amorosa, sem acusações e condenações. Antes de
apontarmos um defeito, é sempre aconselhável apresentar duas qualidades do
outro. Isso funciona como um anestésico para que se possa fazer o curativo sem
dor. E reze pelo outro antes de abordá-lo em um problema difícil. Peça ao
Senhor e a Nossa Senhora que preparem o coração dele para receber bem o que
você precisa dizer-lhe. Deus é o primeiro interessado na harmonia do casal.
3. Nunca jogar no
rosto do outro os erros do passado
A pessoa é sempre maior que seus erros,
e ninguém gosta de ser caracterizado por seus defeitos. Toda vez que acusamos a
pessoa por seus erros passados, estamos trazendo-os de volta e dificultando que
ela se livre deles. Certamente não é isto que queremos para a pessoa amada. É
preciso todo o cuidado para que isto não ocorra nos momentos de discussão.
Nestas horas o melhor é manter a boca fechada. Aquele que estiver mais calmo,
que for mais controlado, deve ficar quieto e deixar o outro falar até que se
acalme. Não revidar em palavras, senão a discussão aumenta, e tudo de mau pode
acontecer, em termos de ressentimentos, mágoas e dolorosas feridas. Nos tempos
horríveis da "guerra fria", quando pairava sobre o mundo todo o
perigo de uma guerra nuclear, como uma espada de Dâmocles sobre as nossas
cabeças, o Papa Paulo VI avisou o mundo: "a paz impõe-se somente com a
paz, pela clemência, pela misericórdia, pela caridade". Ora, se isto é
válido para o mundo encontrar a paz, muito mais é válido para todos os casais
viverem bem. Portanto, como ensina Thomás de Kemphis, na Imitação de Cristo,
"primeiro conserva-te em paz, depois poderás pacificar os outros". E
Paulo VI, ardoroso defensor da paz, dizia: "se a guerra é o outro nome da
morte, a vida é o outro nome da paz". Portanto, para haver vida no
casamento, é preciso haver a paz; e ela tem um preço: a nossa maturidade.
4. Nunca ir dormir
sem ter chegado a um acordo
"Não se ponha o sol sobre o vosso
ressentimento" (Ef 4,26b)
Se isso não acontecer, no dia seguinte o problema poderá ser bem maior. Não se pode deixar acumular problema sobre problema, sem solução. Já pensou se você usasse a mesma leiteira que já usou no dia anterior, para ferver o leite, sem antes lavá-la? O leite certamente azedaria. O mesmo acontece quando acordamos sem resolver os conflitos de ontem. Os problemas da vida conjugal são normais e exigem de nós atenção e coragem para enfrentá-los, até que sejam solucionados, com o nosso trabalho e com a graça de Deus. A atitude da avestruz, da fuga, é a pior que existe. Com paz e perseverança busquemos a solução.
Se isso não acontecer, no dia seguinte o problema poderá ser bem maior. Não se pode deixar acumular problema sobre problema, sem solução. Já pensou se você usasse a mesma leiteira que já usou no dia anterior, para ferver o leite, sem antes lavá-la? O leite certamente azedaria. O mesmo acontece quando acordamos sem resolver os conflitos de ontem. Os problemas da vida conjugal são normais e exigem de nós atenção e coragem para enfrentá-los, até que sejam solucionados, com o nosso trabalho e com a graça de Deus. A atitude da avestruz, da fuga, é a pior que existe. Com paz e perseverança busquemos a solução.
5. Pelo menos uma
vez ao dia, dizer ao outro uma palavra carinhosa
Muitos têm reservas enormes de ternura,
mas esquecem de expressá-las em voz alta. Não basta amar o outro, é preciso
dizer isto também com palavras. Especialmente para as mulheres, isto tem um
efeito quase mágico. É um tônico que muda completamente o seu estado de ânimo,
humor e bem estar. Muitos homens têm dificuldade neste ponto; alguns por
problemas de educação, mas a maioria porque ainda não se deu conta da sua
importância. Como são importantes essas expressões de carinho que fazem o outro
crescer: "eu te amo", "você é muito importante para mim",
"sem você eu não teria conseguido vencer este problema", "a tua
presença é importante para mim"; "tuas palavras me ajudam a
viver"... Diga isto ao outro com sinceridade toda vez que experimentar o
auxílio edificante dele.
6. Cometendo um
erro, saber admiti-lo e pedir desculpas
Admitir um erro não é humilhação. A
pessoa que admite o seu erro demonstra ser honesta consigo mesma e com o outro.
Quando erramos não temos duas alternativas honestas, apenas uma: reconhecer o
erro, pedir perdão e procurar remediar o que fizemos de errado, com o propósito
de não repeti-lo. Isto é ser humilde. Agindo assim, mesmo os nossos erros e
quedas serão alavancas para o nosso amadurecimento e crescimento. Quando temos
a coragem de pedir perdão, vencendo o nosso orgulho, eliminamos quase de vez o
motivo do conflito no relacionamento, e a paz retorna aos corações. É nobre
pedir perdão!
7. Quando um não
quer, dois não brigam
É a sabedoria popular que ensina isto.
Será preciso então que alguém tome a iniciativa de quebrar o ciclo pernicioso
que leva à briga. Tomar esta iniciativa será sempre um gesto de grandeza,
maturidade e amor. E a melhor maneira será "não pôr lenha na
fogueira", isto é, não alimentar a discussão. Muitas vezes é pelo silêncio
de um que a calma retorna ao coração do outro. Outras vezes será por um abraço
carinhoso, ou por uma palavra amiga.