Racionalidade garante mais autonomia para quem vive sob a sombra do medo
Seja numa festinha de aniversário ou em um palco diante de uma platéia , ela surge de forma avassaladora e paralisante. Sua definição consiste em um medo e um receio exagerado a se expor e, consequentemente, receber algum tipo de julgamento. Quem sofre de timidez, seja ela introspectiva ou a do tipo que até se expõem para dissimular a real sensação de medo, tem uma tendência grande de supervalorizar pequenos deslizes. Os tímidos têm a necessidade de passar uma imagem positiva de si o tempo todo. A inibição em fazer algo considerado corriqueiro, como se relacionar e expressar o que sente está ligada ao sentimento de competência. A percepção negativa do que acredita ser, ou seja, a auto imagem, pode distorcer a realidade. A consequencia disso é a retração dos sentimentos e das atitudes.
Entenda a ligação entre timidez e autoestima
Um tímido supervaloriza os riscos - reais ou imaginários. Toda situação nova é assustadora. A preocupação em passar uma boa imagem suprime a velha máxima de que "errar é humano.
O grau de exigência dos tímidos é alto e por isso eles apresentam dificuldades para fazer atividades simples. Há um medo excessivo em parecer ridículo ou ser ridicularizado. Esta é uma relação, em boa parte, relacionada ao auto-questionamento da sua competência. A necessidade de se sentir querido e amado é desenvolvida ainda nos primeiros anos de vida, assim como os sentimentos de segurança e autoconfiança. Este conjunto de sentimentos são base para o desenvolvimento da autoestima. Se ela está em equilibrio, a facilidade de conquistar e receber afeto, de perdoar, de ter um entendimento das frustrações é maior.
Ter consciência de suas limitações e fragilidades é um grande passo para o autoconhecimento. Quem tem baixa autoestima, como os tímidos em grande maioria, não lida naturalmente com rejeição e frustrações. Basicamente eles encaram como algo pessoal e não como uma situação que deve ser relevada.
A timidez impulsiona o desconforto e consequentemente detona a autoestima. A preocupação com a avaliação das pessoas, a falta de coragem para assumir riscos e até mesmo os próprios desejos faz com que os tímidos interpretem situações de formas equivocadas e ameaçadoras.Eles perdem a autonomia e não raro precisam ser amparados por algo ou alguém para se sentirem seguros.
Combata o medo
Deixar de ser um tímido instantâneamente é praticamente impossível. O primeiro passo é encarar pequenos desafios de exposição.
Se impor, sustentar opiniões, agir com autonomia e menos dependência e, principalmente, não deixar de fazer algo por medo. Há tímidos expansivos aos montes. O fundamental é não perder oportunidades, sejam elas de trabalho, nas relações pessoais e no convívio com amigos. A ideia é tentar agir com mais confiança e sem cobranças injustificadas.